quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Metrô: quem vencer licitação terá que pagar prejuízo.

A empresa que vencer a licitação da Parceria Público-Privada (PPP) para a construção e gestão do Metrô de Salvador terá de arcar com os custos da manutenção do que está pronto mas se deteriorou devido à falta de uso e manutenção. É o caso do sistema elétrico dos 24 vagões, que chegaram em Salvador entre 2008 e 2009.


Caberá à empresa também o reparo na obra malfeita da construção de túneis subterrâneos que ligam a Estação da Lapa à Avenida Bonocô, onde o Tribunal de Contas da União (TCU) verificou a existência de infiltrações. “Está tudo previsto no edital. Quem assumir, pega o que existe, no estado em que está”, disse Bruno Bauster, coordenador de Mobilidade Urbana da Casa Civil do Estado.

Só no material rodante, que compreende os vagões e os equipamentos tecnológicos para seu funcionamento, o custo estimado é de R$ 15 milhões.  Em decisão publicada na semana passada, o TCU definiu que a manutenção das obras e dos equipamentos seria de responsabilidade do consórcio Metrosal (Siemens, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa), que executou as obras até o momento.


Segundo Bauster, todavia, o TCU já concordou com a rescisão de contrato entre a Companhia de Transportes de Salvador (CTS). “Se esperarmos que se verifique o que há para ser feito, para depois o Metrosal questionar na Justiça, iremos atrasar mais dez anos”, disse. 

Segundo ele, no acordo com o TCU, o valor de prejuízo com a falta de manutenção será cobrado do antigo consórcio judicialmente, em forma de indenização. Segundo  Bauster, os maiores gastos estão em painéis eletrônicos, material elétrico e parte hidráulica. “Tem fiação que endureceu, tem borracha da porta que se deteriorou, peças de plástico, coisa que nunca passou por manutenção e já não tem mais validade”, detalhou.

O problema das infiltrações na área subterrânea não teve orçamento apurado, mas, segundo Bauster, “não é nada de milhões”. O pregão da licitação do Metrô está previsto para o dia 19 deste mês, na Bolsa de  São Paulo (Bovespa). Fonte: Rafael Rodrigues/ Foto: Arquivo Correio.


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