O governador Jaques Wagner assinou nessa terça-feira (7/8), no Ministério da Justiça, em Brasília, o termo de adesão ao programa ‘Crack, é Possível Vencer!’, ao lado de gestores de mais sete estados e 28 municípios. Ele disse que a importância da iniciativa está em aumentar a oferta de tratamento de saúde, ao mesmo tempo em que intensificam as ações contra o tráfico de drogas e as organizações criminosas em parceria com vários ministérios, prefeituras e a sociedade civil. Ao todo, já aderiram os 26 estados da federação e 118 municípios. Na Bahia, fazem parte do programa Salvador, Camaçari, Itabuna, Juazeiro, Vitória da Conquista e Feira de Santana.
Um dos pontos destacados pelo governador é o apoio do Ministério da Justiça para aumentar o policiamento ostensivo nos pontos de uso do crack e também a revitalização dos espaços abandonados usados pelos usuários. Entre as ações de prevenção, está a capacitação de profissionais de saúde, de assistência social, de segurança e justiça, além de líderes comunitários e religiosos atuando no combate ao crack.
Recursos
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou durante a cerimônia que em 2013 serão investidos R$ 1,6 bilhão no programa, dentro do total de R$ 4 bilhões anunciados em 2011. Novas medidas para aumentar a oferta de tratamento e atenção aos usuários, além de ações para ampliar a prevenção estão entre as prioridades da ação, com a capacitação de profissionais especializados, criação de Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) e mais convênios com instituições voltadas para a recuperação de dependentes.
Cardozo destacou a necessidade de se fazer a distinção entre o tratamento do usuário, que requer uma política de acolhimento, e o enfrentamento de organizações criminosas e ao tráfico de drogas. “O direito penal é o direito que deve ser aplicado aos narcontraficantes. Para os dependentes, é preciso um bom serviço de saúde e de reinserção social”. Para atingir estes objetivos, o ministro destacou que o programa vai atuar a partir de três eixos - o cuidado, a autoridade e a prevenção.
Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para vencer o desafio, que é enfrentar uma situação desconhecida do poder público, é necessário uma ação conjunta. “É preciso integrar diversas áreas, segurança, saúde, assistência social, educação, direitos humanos e, principalmente, a sociedade civil. Temos que investir na conscientização da sociedade e na capacitação dos profissionais envolvidos”.
Para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o tratamento só será eficiente com a adesão do doente. “Se a gente não olhar o antes e o depois da internação e do tratamento, não teremos sucesso. Por isso, é preciso que a ação do governo seja articulada com a sociedade civil. Às vezes o paciente consegue ficar limpo, mas depois do tratamento não tem para onde ir nem como reconstruir a sua trajetória de vida. O trabalho em conjunto é fundamental”. Fonte: Tribuna da Bahia.
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