domingo, 27 de maio de 2012

Leitor relata sua crítica ao Sindicato dos Funcionários Federais.


Meus caros, é preciso avaliarmos as recentes ações de entidades para que não nos enganemos sobre a manutenção de antigos vícios. É preciso que reconheçamos a pouca atuação junto àqueles que tal sindicatos finge representar. É preciso entendermos que o que tal sindicato dos funcionários federais prega como luta é, na verdade, um teatro com um espetáculo já armado, já negociado, já enfeitado. Teatro esse que sabota as necessidades reais de seus representados e que mantém a mesma roda de privilégios entre poucos. É sim necessário afirmar o sórdido conluio entre esses que afirmam ser nossos negociadores e as diversas esferas do governo que trocam favores constante e mutuamente. É preciso não esquecer que nosso sindicato usa os nomes e as vidas dos pobres josés e  joões, mas que se afastou deles. E esse afastamento indica que nossos representantes nos viraram as costas porque não se sentem à vontade de ser como nós ou de atuar como nós gostaríamos que eles atuassem. Nossos negociadores mais estão do lado daqueles que nos exploram e tiram todas as nossas condições de luta do que de nós que buscamos um caminho para ter nossas reivindicações atendidas. Avaliemos como o sindicato faz pouco caso dos representados que, muitas vezes, procuram-no para resolver questões da classe. Pensemos no quão pouco foi conquistado por tal sindicato e o quão pouco realmente ele lutou para que, de forma radical, conseguíssemos um valor justo de reajuste a fim de que possamos viver de maneira digna - algo que todo trabalhador honesto espera no início e no final de sua jornada. Para ser claro, o sindicato transformou as nossas necessidades em posse e passou, sem nós, a negociar com elas para controlar nossos ideais de mudanças e enriquecer os bolsos dos poucos negociadores. Fomos usurpados de nossa via de luta, fomos violentados em nossos direitos, fomos enganados por aqueles que se diziam como nós. Entretanto não são poucos os que querem traçar novos horizontes; e esses, para ter seus direitos respeitados, arrastarão traidores e vermes para a lama, de onde nunca eles deveriam ter saído.    

Joaquim Olímpio de Souza Neto.       

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