Cada dia Lauro de Freitas se torna uma cidade verticalizada.

Por Adailton Reis/Foto: Joaquim Neto.

Realidade na cidade: Máquinas derrubam constantemente árvores preparando o terreno para próximas construção.

A cada dia que passa no munícipio de Lauro de Freitas são liberados inúmeros alvarás de empreendimentos imobiliários, tornando-se uma cidade verticalizada. Conduta essa considerada irresponsável, pelo fato de comprometer a qualidade de vida dos que já residem na cidade, além de destruir o meio ambiente.

Apesar desse fato assustar aos moradores da região, subtende-se que as liberações desaceleradas desses alvarás estão sendo liberados sem ao menos pensar na falta de estrutura local e no impacto negativo que por falta de suporte tudo essa verticalização. Sem falar que as construções estão devastando vários locais. As autoridades e os órgãos públicos que estão liberando essas construções para as construtoras e concordando com esse crescimento desordenado, parecem que não estão nem aí, para o futuro e bem estar do local ou da cidade. 

Veja o absurdo: A poucos metros secretaria do Meio Ambiente libera outra construção da FLORATTA, em Buraquinho.

A destruição das áreas verdes; o esgotamento dos rios; a falta de estrutura de saneamento básico, o fluxo de veículos são umas das maiores preocupações dos laurofreitenses que a cada dia enxergam a cidade sendo vendida e verticalizada.

A câmara de vereadores entrou numa discussão no sentido de liberar a quantidade de andares desses prédios, a maioria lançou que as construtoras deveriam construir em cada prédio uma média que fica entre nove e quinze andares. Porém a estrutura para receber esses empreendimentos não foi levada em conta quanto a obsessão de aprovar as liberações. Isso no futuro pode causar um grande impacto causando um verdadeiro caos na cidade.

Liberação de Alvavás são constantes na Cidade.

A situação é tão crítica e ao mesmo tempo hilariante que no ano passado, quando houve o feirão da CAIXA no Centro de Convenções em Salvador, alguns clientes se assustaram com a quantidade de prédios que estão sendo planejados para toda a região. O fator hilariante foi a ironia de uma das construtoras envolvidas, que em sua divulgação, colocada na Estrada do Coco, dizia: “ O Absurdo é não rir”.

Como contrapartida a gestão atual, junto a esfera Estadual e Federal constroem mais apartamentos de programas habitacionais como “Minha Casa, Minha Vida”, aumentando ainda mais esse problema. Para salientar aumentou as manifestações de movimentos dos sem-habitação dentro do município, pelo motivo desses programas não aceitarem desempregados, como é o caso da invasão do condomínio Dona Lindu (Itinga) e o terreno da CONDER no bairro de Vida Nova. Essa conduta dos governos precisa ser repensada, antes que seja tarde demais. No caso de Lauro de Freitas, moramos numa cidade que está abaixo do nível do mar, além de não possuímos estrutura de saneamento básico, temos um trânsito caótico e não temos planejamento.  Fica a indagação: Será que estão apenas visando a entrada de recursos, através do IPTU?