terça-feira, 22 de maio de 2012

Enquanto não há uma solução definitiva, famílias vivem em situações vulneráveis.

Por Adailton Reis.

As famílias foram alojadas neste galpão, atrás do Shopping Feira (Estrada do Coco).

Apenas 38 nomes que fazem parte da manifestação G500, foram identificados no sistema de cadastro do programa habitacional  federal “Minha Casa, Minha Vida” pela prefeitura de Lauro de Freitas. Segundo o chefe de gabinete Eliomar Eloy, estas pessoas poderão ser comtempladas até o mês de Setembro. Ainda não se sabe o que fazer com o restante dessas pessoas, que ainda não estão cadastradas. Cerca de 40 fichas foram devolvidas aos representantes, por estarem com informações inacabadas. Eles tem até esta semana para analizarem estas fichas.  Ao total são mais de 400 famílias inscritas na Associação G500. Eles aguardam uma reunião com a prefeita Moema Gramacho (PT) para por fim no impasse. Pois o secretário foi bastante claro, o bolsa-aluguel é apropriado para as pessoas que estão em área de risco.
Segundo o líder do movimento Éder Wagner as negociações estão avançando, uma vez que durante uma semana, eles já tiveram três reuniões com a prefeitura. Porém espera que os anseios do povo sejam atendidos.
A comissão do movimento está negociando com o secretário uma maneira urgente para as famílias que são consideradas mais necessitadas ou não tem para aonde ir. No último sábado (19), elas foram desalojadas do “Parque do Saber” e foram levadas para um galpão abandonado, atrás do shopping Feira (Enfrente ao Clube dos funcionários Públicos). Enquanto não se tem uma decisão definitiva para essas famílias, todos estão vivendo em situações vulneráveis e de miserabilidade. O local não tem água, energia, nem lugar apropriado para as necessidades fisiológicas. Ainda o galpão molha, não tem passagem de ar e por cima o odor de fezes e urina predominam no ambiente. Isso pode causar doenças graves, principalmente para as crianças de colo, que ainda não sabem quanto tempo passarão debaixo do imóvel abandonado.
As famílias estão sendo orientadas a não deixar ninguém tirar fotos do local, ontem a tarde o radialista Adailton Reis e a dona de casa Valdelice Meneses quase foram linchados por ter tirado algumas fotos do galpão. Algumas pessoas jogaram pedras contra eles, pois os dois se recusaram de apagar as fotos. Hoje pela manhã os dois compareceram nas delegacias de Lauro de Freitas, Itinga e Portão para fazerem ocorrências do fato. Policiais analizaram as imagens e afirmaram que não veem o porque causou tanto tumulto e o porque foram impedidas de serem publicadas.

Vejam as fotos abaixo:


Sem iluminação, sem água, sem banheiro o local alaga quando chove.


O teto é cheio de água parada, empossada chei de limo podendo acolher mosquitos da dengue.



Essa é a parte frontal do galpão, sem portas, alguns madeiras foram improvisadas.




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