Os sindicatos dos bancários em todo o país devem realizar assembleias nesta segunda-feira (17), para votar pela aprovação ou não do acordo que pode encerrar a greve da categoria, que teve início em 27 de setembro. Na Bahia, a categoria se reúne às 18h, no Ginásio de Esportes, nos Aflitos.
Segundo informações do Sindicatos dos Bancários da Bahia, esta é a maior greve dos últimos 20 anos, com mais de nove mil agências paradas. Somente na Bahia, mais de 700 unidades estão fechadas e 80% dos trabalhadores aderiram à paralisação nacional.
Segundo informações do Sindicatos dos Bancários da Bahia, esta é a maior greve dos últimos 20 anos, com mais de nove mil agências paradas. Somente na Bahia, mais de 700 unidades estão fechadas e 80% dos trabalhadores aderiram à paralisação nacional.
A proposta a ser votada foi fechada na última sexta pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e pelos representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Segundo Carlos Cordeiro, presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, os sindicatos foram orientados a aceitar a proposta. Se o acordo for aprovado pela maioria dos cerca de 140 sindicatos da categoria, os bancários retornam ao trabalho na terça-feira (18).
Em Curitiba, o sindicato dos bancários já aprovou a proposta no domingo, e as agências devem reabrir nesta segunda-feira.
A Fenaban apresentou proposta de 9% de reajuste sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.
Também houve avanço na discussão sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A partir de agora, cada trabalhador poderá receber até 2,2 salários mais R$ 2.800 por ano (contra 2,2 salários mais R$ 2.400).
"Para a gente é um resultado positivo porque o grande debate, o principal entrave, era em relação ao reajuste. Agora teremos 1,5% de aumento real", disse Cordeiro. A proposta anterior da Fenaban era de aumento de 8%, o que resultaria num ganho real de 0,56%.
Em relação ao piso da categoria, o aumento real foi de 4,3%, segundo o presidente da Contraf. Será o oitavo ano consecutivo que os trabalhadores do setor terão aumento real.
"Este foi um processo de negociação bastante longo, mas que finalmente levou a um acordo entre as partes, construído na mesa de negociação", disse, em nota, o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico.
Os dias de paralisação não serão descontados e serão compensados até o dia 15 de dezembro, segundo a Contraf. Como em anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.
De acordo com a Fenaban, o auxílio-refeição será de R$ 19,78 e a cesta-alimentação passa para R$ 339,08 por mês, além de 13ª cesta no mesmo valor. O auxílio creche mensal será de R$ 284,85 por filho até 6 anos.
HistóricoOs bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representava aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação inicial da categoria era de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Na quinta-feira, 9.254 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados em todo o país, segundo balanço da Contraf. O número equivale a 46,1% dos 20.073 estabelecimentos do país. Fonte: G1.
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