quinta-feira, 26 de julho de 2012

Professores da Ufba decidem manter a paralisação.

Em assembleia na Faculdade de Arquitetura, docentes rejeitaram reajuste que varia de 25% a 40%.
Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram na quarta-feira, 25, em assembleia, continuar com a greve, que já dura 58 dias. O comando do movimento  também não aceitou a proposta apresentada na véspera pelo governo – anunciando reajustes salariais entre 25% e 40% para os professores, valores a serem distribuídos nos próximos três anos.

“Essa proposta nos trará perdas salariais até 2015, pois o reajuste não contempla a inflação do período. Além disso, ela desestrutura a carreira dos docentes e não contempla melhorias nas condições de trabalho”, argumentou o professor Jair Batista, que preside a comissão de comunicação do comando de greve.

Segundo Batista, uma nova assembleia da categoria só será agendada após a reunião que o comando nacional de greve terá com o governo, na próxima quarta, dia 1º de agosto. Ele confirmou que o novo calendário de aulas será pauta de discussão do Conselho Universitário somente depois que a greve for encerrada.

O Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub-Sindicato) tem 2.800 associados, segundo seu diretor acadêmico, professor João Augusto Rocha. Na assembleia de quarta, realizada no auditório da Faculdade de Arquitetura, na Federação, 170 estiveram presentes.

O impacto do reajuste será de R$  4,2 bilhões no orçamento, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A categoria ainda vai analisar a proposta. Na quarta, também houve ações dos servidores e estudantes da Ufba, todos com greves deflagradas. Pela manhã, os servidores protagonizaram um “panelaço” em frente ao prédio da Reitoria, no Canela, impedindo o acesso de funcionários ao imóvel.

De acordo com Nadja Rabelo, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Ufba (Assufba), uma assembleia da categoria está marcada para as 9 horas desta quinta, 26, na Escola Politécnica. As principais reivindicações dos servidores são os reajustes do piso salarial e do percentual entre os níveis de carreira. Já os estudantes, no final da tarde, decidiram ocupar, “por tempo indeterminado”, as dependências da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Fapex), na Federação. Eles disseram que só deixarão o local após ter as reivindicações atendidas.

“Escolhemos este local porque somos contrários às chamadas fundações de apoio, que administram os recursos da universidade, tirando sua autonomia”, reclamou Wanderson Pimenta, coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Fonte: Samuel Lima/ Mila Cordeiro/Agência A TARDE. 



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