Por Adailton Reis.
A venda de materiais artesanal ajudam na sustento dos índios.
O artesanato ainda é a principal fonte de renda dos índios que habitam na reserva do Quingoma, em Lauro de Freitas, na Bahia. A maioria excluídos da vida agitada do centro da cidade, sem emprego, eles procuram alternativas para a sobrevivencia. Com produtos artenais que confeccionam, os índios aplicam todo o dinheiro de forma coletiva entre eles. São produtos de origem natural que eles retiram do próprio meio em que vivem. Produtos esses que variam de R$ 3 (Três reais) a R$ 25 (Vinte e cinco reais), são colares, brincos, anéis, canetas,apitos, cachimbos, chucalhos, flechas entre outros. O chefe de cada tribo, é quem orienta como serão gastos toda renda adquirida através da venda desses produtos. Normalmente são destinados para alimentação, roupas e construções de habitações.
Vários tipos de argolas indígenas.
A maioria consegue vender seus produtos em feiras, exposições, pontos turísticos ou em escolas dentro do municipio ou na região metropolitana de Salvador. Segundo os próprios índios, antigamente as pessoas iam visitar as aldeias, e nessas visitas compravam seus produtos, porém essas visitas estão cada vez mais diminuindo, por causa da violência: ´´As pessoas vinham aqui, compravam, isso ajudava muito o nosso povo. Agora temos que ir até o povo. O povo não tem medo da gente, a gente somos da paz, eles tem medo é da violência``- explica Lymbo, líder da tribo Funi-ô. Os índios que dependem da venda de seus produtos, afirmam que depois das greves dos políciais e dos professores a vendagem cairam bastante. Isso porque as pessoas sentem medo de visitar a reserva e as escolas ficam fechadas. Muita das vezes, até um transporte fica díficil para a locomoção do grupo para uma determinada localidade.
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