Por Adailton Reis.
Tribo Funi-ô.
Nos últimos anos o crescimento do mercado imobiliário, o aumento de obras e condomínios no munícipio de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, tem preocupado indígenas que moram na região da reserva do Quingoma. São várias tribos como as KARIRI-XOCÓ, FUNI-Ô, TUBINAMBÁS entre outras que além de enfrentar a destruição do seu habitat natural, os índios reclamam de escassez de alimento. Eles enfrentam no dia-a-dia a falta de alimentação para sua sobrevivencia. Há mais de 20 anos que residem na reserva do Quingoma, no munícipio, os índios confessam que nunca viu tanto desrespeito com a natureza e seus costumes. O representante da tribo FUNI-Ô, Lymbo deseja que o humano pare de destruir a área verde,pois isso está acabando com o planeta e levando a extinção de vários animais, inclusive dos povos indígenas.
Ìndio Lymbo.
Lymbo diz que nos dias atuais, até para conseguir um almoço e água tornou-se uma tarefa díficil.Às vezes é preciso recorrer as outras tribos de parentes e amigos de outros Estados como o de Alagoas e Penambuco. Segundo ele as construções desordenadas dentro do munícipio,derrubam árvores, secam, fecham, poluem rios e riachos, espantam as presas, que são obrigadas a se refugiarem em outros locais e que muitas vezes morrem por falta ambiente adequado.
Outro problema citado pelos índos é a falta de moradia: ´´O homem da cidade não entende nós, desmata tudo por ambição, não tem sentimento de amor pela natureza. Natureza é paz! Hoje por exemplo, nós não estamos encontramos nem folhas para fazer nossas ocas.Não queremos casas luxuosas não, nem de riqueza, queremos apenas terras para plantar e construir nossas ocas de piaçava, o que se tornou raro encontrar``- explica. Alguns índios usam bambu e palha de Licuri para construir suas ocas, o que não é adequado. Segundo ele, a palha de Licuri é sagrada, porém a necessidade obrigam a pecar.
Índios pertencentes a tribo Kariri-Xocó (Alagoas), atualmente estão em Lauro de Freitas(BA).
Grupos de índios esperam por parte do governo, da justiça e autoridades mais respeito aos povos indígenas, respeito a natureza, com o fim da destruição desordenada do meio ambiente e educação para a nova geração compreender que os índios precisam sobreviver. Sem emprego,fonte de renda, apoio e estrutura fica díficil prosseguir, pois alguns pagam impostos, água e energia. A realidade que afetam o grupo é que entidades e organizações que lutam em prol do índio estão acabando e com isso os recursos destinados ao grupo demoram ou não chegam de forma satisfatória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário