terça-feira, 22 de outubro de 2013

Comerciantes informais vendem alimentos com validade vencida.

Na avenida Joana Angélica, ambulantes amontoam suas mercadorias nas calçadas.

Uma infinidade de iogurtes, leites fermentados, achocolatados, sucos, queijos, presuntos, tenderes e outros produtos perecíveis de diferentes marcas estão  à venda por preços entre R$ 2 e R$ 7. Tais itens relacionados seriam uma ótima oportunidade de compra, não fossem as condições em que são comercializados. Ficam expostos na calçada, em caixas, sem nenhum tipo de refrigeração e com a data de validade vencida ou adulterada.
A venda indiscriminada desses produtos, que antes era restrita apenas a bairros periféricos, hoje já chegou às ruas do centro da cidade. Na avenida Joana Angélica, em Nazaré, nas proximidades da sede da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB), cerca de sete vendedores ambulantes comercializam diariamente produtos com prazos de validade vencidos.
Segundo um dos vendedores, que preferiu não ser identificado, os alimentos são sobras de mercadorias compradas de proprietários de pequenos mercados da região e são repassados aos ambulantes com preços que variam de R$ 0,10 a R $ 2.
"Compramos a mercadoria na mão dos donos de mercadinhos a preços baixos e repassamos a pequenos preços também. A procura é muito grande e chego a vender até R$ 200 por dia", contou.
A equipe de reportagem de A TARDE conversou com três proprietários de estabelecimentos em ruas próximas ao local de venda, como Mouraria, rua Nova de São Bento e Largo Dois de Julho e nenhum quis comentar sobre o assunto.
Vendas - A professora Mariete Silva Monteiro, 52, não sabia a procedência dos alimentos, no entanto, não pensou duas vezes antes de encher o sacola de iogurtes e leites fermentados para os netos. Segundo ela, o que a atraiu foi o preço muito baixo dos produtos. "Em um supermercado comum, gastaria, no mínimo, R$ 30 para comprar seis garrafinhas de iogurtes e quatro placas de leite fermentado. Aqui, gastei apenas R$ 10", contou.
Sem se preocupar com os riscos de consumir um produto sem armazenamento adequado e passados dez dias do prazo de validade, a dona de casa Vânia Teixeira comprou quatro embalagens de pratos prontos, como macarrão ao molho branco e strogonoff. A dona de casa conferiu que o prazo de validade estava expirado há oito dias e, mesmo assim, levou os produtos.
"Não ligo muito para essas coisas. Só deixaria de comprar se a data de validade fosse muito distante. O preço compensa", afirmou. Fonte: Luana Almeida. Foto: Lúcio Távora/Jornal Atarde.

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