segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Gordinhas Sofrem Preconceito na Casa do Trabalhador em Lauro de Freitas(Ba).

Em busca da inclusão no mercado de trabalho várias mulheres consideradas gordinhas tem sido constrangidas ao colocar corriculum na casa do trabalhador em Lauro de Freitas(Ba). Atualmente o local recebe corriculum para diversas áreas, porém o que está irritando as gordinhas é o fato de receber informações da atendente que as vagas disponíveis para a empresa AVON não aceita mulheres gordas.
Foi o que aconteceu com a promotora de venda, D. Maria de Fátima dos Santos (38), moradora do bairro de Itinga e desempregada há dois anos. Segundo ela, quando procurou o local para colocar seu corriculum profissional, a atendente LIA FERREIRA (Que também é gordinha) não aceitou encaminhar-la para a vaga da AVON por ser considerada gorda. Pois recebeu alerta que as vagas só eram para mulheres magras.

Ao ser perguntada qual a sensação de ser barrada, ela nos emocionam: "Quando recebi aquela informação da atendente, na frente de todos os presentes, fiquei gelada. Me senti péssima, a pior pessoa do mundo. Chorei tanto que me deu vontade de sumir do mapa."

D. Maria de Fátima, atualmente pesa 100kg, tem experiência profissional e cursos em recepcionista, secretária, telefonista, promotora de vendas e auxiliar de classe. Porém isso não foi suficiente para que fosse ao menos encaminhada para a vaga. Isso é uma forma de preconceito enfrentada pelos gordinhos no mercado de trabalho. Assim como D. Maria, outras pessoas não têm oportunidades de mostrar seus potênciais. Indagada sobre o assunto ela fala: "Não gosto nem de lembrar que fico nervosa. Sou gordinha sim, mas me cuido! Sou acompanhada por uma nutricionista, realizo minhas dietas, faço caminhada. Só me falta é realizar o meu exame hormonais que ainda não fiz, porque estou desempregada, e, em Lauro de Freitas não oferece pela regulação" desabafa.

Após passar esse preconceito e constrangimento, ela nos conta que já chegou a pesar 120kg e trabalhava normalmente como auxiliar de classe numa instituição de ensino, aonde era responsável por 72 criânças e seus patrões nunca foram preconceituosos. Mãe de dois filhos, ela salienta que já trabalhou inclusive grávida e nunca esses fatores atrapalharam seu desempenho profissional.

Maria de Fátima, já foi vendedora da NATURA, trabalhou em várias empresas de carteira assinada. Porém ultimamente vende alguns produtos, doces, salgados e geladinhos em sua residência para enfrentar o desemprego. Sem marido, o único meios de renda são o bolsa família e a venda desses produtos que sustenta sua família. Fonte: Adailton Reis.

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