O cabeleireiro disse que se arrependeu de ter escondido
o corpo do garoto e simular o desaparecimento (Foto: Marina Silva). |
Rafael Pinheiro de Jesus, padrinho de Marcos Vinícius de Carvalho dos Santos, de 2 anos, encontrado morto
nesta quarta-feira (19) em um areal no bairro de Itapuã, será indiciado
pela Polícia Civil por homicídio, ocultação de cadáver e por induzir o trabalho policial ao erro.
O cabeleireiro, que também trabalha como fotógrafo, foi preso em flagrante ontem depois de se apresentar à polícia, acompanhado de um advogado. Foi ele quem mostrou onde estava o corpo do garoto. O rapaz foi encaminhado para o Complexo Penitenciário da Mata Escura no final da manhã desta quinta-feira (20).
A mãe de Rafael, que não teve o nome divulgado, também será indiciada por induzir a polícia ao erro. Ela contou aos policiais que um frentista da região teria visto a criança ser levada por um casal em um carro preto, próximo a feira de Itapuã. Ela também informou que um lojista confirmou toda a história.
A polícia começou a desconfiar da versão do padrinho depois de não encontrar as testemunhas do suposto sequestro. Durante as investigações, um feirante revelou à polícia que o menino nunca esteve na feira e que Rafael já apareceu no local com uma foto no celular e informando sobre o desaparecimento. "Minha mãe não sabia. Eu não tive ajuda de ninguém e também não contei a nenhum amigo", acrescentou Rafael.
A mãe da criança, Fabiana Carvalho, 18, é usuária de drogas e vai responder à justiça por negligência. Já o pai, que registrou Marcos Vinícius, foi ouvido na 12ª Delegacia (Itapuã) e liberado. O pai biológico da criança não mora em Salvador.
O cabeleireiro, que também trabalha como fotógrafo, foi preso em flagrante ontem depois de se apresentar à polícia, acompanhado de um advogado. Foi ele quem mostrou onde estava o corpo do garoto. O rapaz foi encaminhado para o Complexo Penitenciário da Mata Escura no final da manhã desta quinta-feira (20).
A mãe de Rafael, que não teve o nome divulgado, também será indiciada por induzir a polícia ao erro. Ela contou aos policiais que um frentista da região teria visto a criança ser levada por um casal em um carro preto, próximo a feira de Itapuã. Ela também informou que um lojista confirmou toda a história.
A polícia começou a desconfiar da versão do padrinho depois de não encontrar as testemunhas do suposto sequestro. Durante as investigações, um feirante revelou à polícia que o menino nunca esteve na feira e que Rafael já apareceu no local com uma foto no celular e informando sobre o desaparecimento. "Minha mãe não sabia. Eu não tive ajuda de ninguém e também não contei a nenhum amigo", acrescentou Rafael.
A mãe da criança, Fabiana Carvalho, 18, é usuária de drogas e vai responder à justiça por negligência. Já o pai, que registrou Marcos Vinícius, foi ouvido na 12ª Delegacia (Itapuã) e liberado. O pai biológico da criança não mora em Salvador.
Em depoimento, Fabiana disse à polícia que havia
deixado o filho com o padrinho há cerca de quatro meses, depois de ter
conseguido um emprego como garçonete, no qual trabalhava à noite.
Fabiana tinha conhecido Rafael apenas um mês antes de entregar Marcos
Vinícius para morar com ele.
Morte da criança
Rafael contou ao CORREIO que se arrependeu de ter escondido o corpo do garoto e simular um desaparecimento. Ele disse que na noite da quinta-feira (13) fez um mingau com leite de soja - o menino tinha intolerância à lactose - e que minutos depois ele começou a passar mal. "Quando olhei na garganta estava borbulhando. Ele começou a vomitar e eu tentei apoiar a cabeça. Isso durou uns dez minutos. Daí ele apagou e eu achei que já estava morto", disse o cabeleireiro.
Rafael contou ao CORREIO que se arrependeu de ter escondido o corpo do garoto e simular um desaparecimento. Ele disse que na noite da quinta-feira (13) fez um mingau com leite de soja - o menino tinha intolerância à lactose - e que minutos depois ele começou a passar mal. "Quando olhei na garganta estava borbulhando. Ele começou a vomitar e eu tentei apoiar a cabeça. Isso durou uns dez minutos. Daí ele apagou e eu achei que já estava morto", disse o cabeleireiro.
O padrinho da criança afirmou que ficou com medo de
ser responsabilizado pela morte do garoto e resolveu esconder o corpo.
Rafael colocou Marcos Vinicius dentro de um cooler e esperou amanhecer.
Por volta das 7h de sexta-feira (14), ele saiu de sua casa, em Nova
Brasília de Itapuã, e andou até o areal próximo à Alameda Afrânio
Coutinho, atrás do Tchê Caranguejo, e abandonou o corpo.
Segundo a polícia, foi Rafael quem descobriu que
o menino tinha problemas de saúde. Além da intolerância alimentar, a
criança sofria de diabetes e um cisto no pâncreas. Ele teria uma
cirurgia marcada para o final deste mês. Rafael disse que conheceu
Fabiana durante o período que ela morou próximo a sua casa. "O menino
não era cuidado lá (com a mãe)", disse.
Apesar de ter sido indiciado por homicídio, a
polícia aguarda resultado do exame para saber a real causa da morte da
criança. Somente o laudo vai indicar se Rafael vai responder por
homicídio culposo ou doloso.
População revoltada
Rafael foi hostilizado pela população durante sua saída da 12ª
Delegacia (Itapuã) pela manhã. Ele foi conduzido para a sede da Polícia
Civil, na Piedade, onde uma multidão também aguardava a chegada do
rapaz.
Ao descer do carro para entrar no prédio da Polícia
Civil, algumas pessoas tentaram atacar o rapaz, mas foram impedidos
pelos policiais que o conduziam. No local, a multidão voltou a chamar o
padrinho do garoto de assassino.
"Eu sou mãe de quatro filhos e tenho um neto. O que
ele fez foi um absurdo. O menino não era meu parente, mas dói do mesmo
jeito. Ele tem que pagar pelo que ele fez e queremos justiça", disse a
frentista Josélia Santos, de 44 anos, que se juntou à manifestação.
Quando questionado sobre a revolta da população sobre a situação, o
acusado qualificou como "justa".
Os protestos contra o homem se multiplicaram também na internet. Assim que foi divulgado que o corpo do garoto havia sido encontrado e que Rafael confessou tê-lo enterrado, pelo menos 60 pessoas postaram mensagens condenando Rafael em sua página pessoal no Facebook. “Nao posso acredita que vc teve a coragem de matar uma crianca nunca iria imaginar isso nao queria criar dava para outra pessoa que alguem criaria com muito carrinho senhor e o fim do mundo mesmo o próprio padrinho quem criava quem morava junto porque pra que Fael? (sic)”, escreveu uma mulher.
Os protestos contra o homem se multiplicaram também na internet. Assim que foi divulgado que o corpo do garoto havia sido encontrado e que Rafael confessou tê-lo enterrado, pelo menos 60 pessoas postaram mensagens condenando Rafael em sua página pessoal no Facebook. “Nao posso acredita que vc teve a coragem de matar uma crianca nunca iria imaginar isso nao queria criar dava para outra pessoa que alguem criaria com muito carrinho senhor e o fim do mundo mesmo o próprio padrinho quem criava quem morava junto porque pra que Fael? (sic)”, escreveu uma mulher.
“Porque você fez isso? Porque se deixou tomar pelo
desespero e não pediu ajuda? Tvz ele ainda estivesse vivo (sic)”, postou
outra. “Que mundo é esse? Tou passando mal com essa noticia. Ainda add
esse monstro em meu face pra acompanhar o caso desse anjo! Meu Deus eu
tou tentando não acreditar. Por que você fez isso? (sic)”, escreveu uma
terceira.
Padrinho criou página no Facebook e fez passeata
No dia 16 de agosto, o padrinho de Marcos Vinícius criou uma página no facebook para ajudar na procura pelo menino desaparecido. Mais de 10 mil pessoas curtiram a página, onde foram compartilhadas fotos do garoto, inclusive um banner da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), com os telefones para informações. Uma foto com uma criança nos braços de uma mulher chegou a ser postada no grupo, mas o próprio Rafael disse que não se tratava de Marcos Vinícius.
Padrinho criou página no Facebook e fez passeata
No dia 16 de agosto, o padrinho de Marcos Vinícius criou uma página no facebook para ajudar na procura pelo menino desaparecido. Mais de 10 mil pessoas curtiram a página, onde foram compartilhadas fotos do garoto, inclusive um banner da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), com os telefones para informações. Uma foto com uma criança nos braços de uma mulher chegou a ser postada no grupo, mas o próprio Rafael disse que não se tratava de Marcos Vinícius.
No último domingo, ele também participou de uma
passeata em Itapuã, onde pessoas saíram às ruas com cartazes e camisas
personalizadas. “Ainda nenhuma noticia... Ele desapareceu no bairro de
ITAPUA NA CIDADE DE SALVADOR. ... Porém estamos recebendo o carinho e
solidariedade de todo o Brasil e outros países... Queria poder agradecer
a todos pessoalmente mais n sendo possível agradeço por aqui.. Que Deus
proteja a todos nos e ilumine a benção que levou meu bb (sic)”,
escreveu Rafael no dia da manifestação.
Padrinho está desesperado com o sumiço do menino
(Foto: Reprodução/TV Bahia). |
Ele chegou a dar entrevistas para emissoras de televisão. No dia 17, em entrevista ao Bahia Meio Dia, da Rede Bahia, disse não
ter suspeitos. “Todo mundo que a gente conhece, ninguém tem briga,
ninguém tem rixa. Vamos continuar procurando e se tiver vendo, se não
tiver coragem de entregar ele, deixe em local público que alguém vai
achar e entrar em contato com a gente”, disse Rafael.
A última postagem dele no grupo foi ontem, por
volta das 9h. “Ainda não temos nenhuma noticia... A policia esta
pressionada a encerrar logo esse caso... Para que isso aconteça vai ter
que achar o culpado, o medo e da policia ser injusta”, postou, ao lado
de uma foto do garoto com mais duas crianças. Ele se entregou horas
depois. Fonte: Correio.
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