Trabalhadores em educação de Lauro de Freitas continuam em paralisação.

*Adailton Reis

adailtonreisbahia@hotmail.com

Alunos retornam para casa sem previsão aulas.

Nesta quarta-feira (08) os alunos da rede pública municipal voltaram para suas casas sem aula. Os Trabalhadores em educação da cidade de Lauro de Freitas (BA) continuam em greve. A decisão foi tomada ontem (07) durante o fórum permanente junto ASPROLF, sindicato da categoria. Os profissionais decidiram paralisar suas atividades até sexta-feira (09).

  

Valdir Silva, coordenador da ASPROLF, em entrevista informou que o sindicato desde abril realiza a operação “TOLERÂNCIA ZERO”, por conta do atraso do ticket alimentação, que tem um prazo para ser creditado até o dia 05 de cada mês e neste mês ainda não foi pago. Ele disse que alunos de mais de 90 escolas ficarão sem aula até segunda-feira por conta dessa situação.

Alunos da Escola Municipal Gregório Pinto de Almeida também realizaram ontem (07) um protesto enfrente ao gabinete da prefeita Moema Gramacho (PT), cobrando a volta dos funcionários para a escola. Segundo eles após a campanha eleitoral desde ano e a derrota do candidato petista João Oliveira, foram demitidos a maioria dos funcionários da escola, restando apenas 02 funcionários para cuidar da limpeza e a falta de professores são frequentes.

O sindicato não participou do movimento, os alunos realizam por conta própria. O sindicato ASPROLF explica que os alunos tem razão de reivindicarem seus direitos, assim como fazem os funcionários. Só na parte da educação foram exonerados 385 servidores que trabalhavam no regime de contrato temporário.

As demissões em massa tem causado transtorno para o funcionalismo público, principalmente nas áreas da saúde e educação.

A prefeita já realizou entrevista em rede de televisão, explicando a demissão em massa no município. Segundo ela, as demissões precisariam ser feitas, visando enxugar a folha da prefeitura, que se encontrava inchada. O Departamento de Comunicação da Prefeitura de Lauro de Freitas (Decom/LF) informou que o atraso do pagamento do tcket alimentação aos servidores da educação, decorreu de uma falha na empresa que opera os créditos do cartão de ticket alimentação. O setor informou ainda que a situação já foi normalizada e que a situação referente ao valor do ticket para os funcionários estará normalizada até à tarde de ontem (07).

Sem aula alunos ficam enfrente a porta das escolas.

Sobre as aulas, ainda não há informações de quando serão 100% normalizadas, porque os trabalhadores pretendem realizar um ato público, na próxima terça (13) em frente a Câmara Municipal de Vereadores contra todo o caos causado pela gestão a categoria.