Vizinhos no bairro de São Marcos, em Salvador, reclamam do mau cheiro.
"Ela começou a juntar o material após perder o emprego como gari", diz filha.
Moradores da Travessa Cidade Mãe, no bairro de São Marcos, em Salvador, reclamam dos transtornos causados pelo lixo acumulado dentro e fora da residência onde vive a catadora Juliana Bispo de Jesus, de 55 anos.
Segundo Juliana, todo o material é recolhido por ela nas ruas da capital baiana há mais de nove anos. "Aqui é o meu sustento. Daqui eu pago o cartão, tudo desse lixo", diz a mulher, que conta que vive da venda do material reciclado. Vizinhos da catadora relatam que o lixo espalhado no local provoca mau cheiro e o aparecimento de ratos. "Reciclar é um trabalho digno, agora naquelas condições ali não dá. Eu sou vizinha, a gente não tem passagem. Rato sobe na minha escada. É piolho de cobra, é barata. Então a gente tem que conviver com essa imundicie", diz uma vizinha.
A filha da catadora, que mora em outra casa vizinha a da mãe, conta que Juliana começou a juntar o material após perder o emprego como gari. "Só traz e nunca vende", diz.
Segundo o médico psiquiatra Rodrigo Azevedo, a catadora pode ter Síndrome de Diógenes, um transtorno mental que atinge principalmente os idosos. Azevedo explica que em até 60% dos casos o transtorno é associado a outras doenças como esquizofrenia. "A gente acaba vendo que tem um descuido da vida mesmo, das questões de higiene, o grau de irritabilidade, o isolamento de vida através do acúmulo desse lixo todo", afirma.
Segundo o médico psiquiatra Rodrigo Azevedo, a catadora pode ter Síndrome de Diógenes, um transtorno mental que atinge principalmente os idosos. Azevedo explica que em até 60% dos casos o transtorno é associado a outras doenças como esquizofrenia. "A gente acaba vendo que tem um descuido da vida mesmo, das questões de higiene, o grau de irritabilidade, o isolamento de vida através do acúmulo desse lixo todo", afirma.
A cada 10 mil pessoas com mais de 60 anos, cinco são disgnosticadas com a doença em todo ano. De acordo com o psiquiatra, o tratamento da doença é difícil. "Primeiro porque os pacientes, na maioria das vezes, não vão ver isso como um problema. Por isso que a gente precisa de uma intervenção multidisciplinar nessa história, até porque isso acaba sendo um problema de saúde pública. A gente tem um risco de vida dessa paciente por conta de patologias menores que poderiam ser facilmente tratadas se tivessem todo um acompanhamento, como risco para a população no seu entorno". Fonte: G1 BA.
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