Os moradores do Loteamento Vila Pedrita reclamam do abandono por parte dos políticos.
A maioria se queixa das muriçocas.
Esgoto a céu aberto acomula lixo, insetos colocando em risco a saúde dos moradores.
Os moradores do Loteamento Vila Pedrita, no bairro de Itinga, reclamam do abandono por parte dos políticos. O local é de difícil acesso, sem estrutura, saneamento básico, sem asfalto, bastante mato e cheio de mosquitos que aterrorizam os moradores.
O cenário do local é pior de que certos interiores do Estado da Bahia. As pessoas que convivem lá, sem opção, enfrentam uma luta diariamente por não ter pra onde ir. São crianças, adolescentes, idosos, que muitas vezes só saem de suas casas quando há muita necessidade. Diante de várias queixas e reclamações a maioria se queixa da ação das muriçocas que não deixam o pessoal dormir assossegado.
Para Dona Ângela Neves (38), moradora do local há 11anos, as autoridades deveriam tomar uma providência quanto à situação do local: “É uma situação calamitosa para todos que moram aqui. Um carro fumacê, mesmo com aquele fedor horrível, aliviaria um pouco. Eu gostaria que as autoridades tomassem uma posição em relação a essa situação. Aqui não mora prefeito, prefeita, vereador, nem presidente, nem presidenta”- desabafa.
A situação é tão terrível que não tem como executar suas tarefas diárias por conta dos mosquitos. A raquete mata-mosquitos virou o esporte para todos, porém quando descarrega a situação fica ainda mais aterrorizante. Eles não sofrem apenas com as muriçocas, mas com muruins, baratas, ratos e muito lixo nos terrenos baldios.
Sr. Francisco descendo a ladeira, já perdeu as contas de quantas vezes caiu.
Sr. Francisco Moraes, de 86 anos de idade, já perdeu as contas de quantas vezes caiu nas ruas sem pavimentação e ladeiras de barro, cheias de pedras e buracos, muitas vezes de difícil acesso: “Ah meu filho, já perdi as contas de quantas quedas tomei aqui nesta ladeira. Agora, partindo para as muriçocas é um cardume! Ligo dois ventiladores, mesmo assim não é fácil não! Tem que ter um combate urgente!!! Não existe jeito pra isso não??? Penso que sim”.
A jovem Marine Reis, de 19anos, se diz chateada com toda essa situação que passam seus vizinhos e familiares: “Moro aqui tem oito anos, não por opção, mas por não ter condições. Eu e minha família moramos logo ali, no fundo tem um córrego, não tem nem ponte para passarmos. Ninguém ajuda. Para passar para a minha casa, tem que pular. Todos de minha família têm uma marca deste lugar. Minha mãe tem 51 anos de idade, já caiu, fraturou o joelho, deslocou a coluna e o pé. Minha irmã, como é gordinha, coitada, já caiu diversas vezes! Ela usa platina no braço por conta de uma dessas quedas. Fico muito triste com essa situação”.
Dona Jacirema e os netos: " Minha alegria aqui são os meus netos".
A situação fica ainda mais complicada para D. Jacirema Ferreira Silva (48), moradora há 20 anos. Com problemas de saúde, não pode bater inseticida nos mosquitos, por causa de deficiência respiratória, nem sair de casa por conta de deficiência nas pernas desde a infância: “Moço, eu sou deficiente. Eu não saio de dentro de casa, quando saio é carregada pelos vizinhos. A minha mãe de 86 anos é a mesma coisa e ninguém toma uma providência. Somos um povo esquecido dentro dessa Itinga. A minha alegria aqui, apenas são os meus netos”.
Os moradores também reclamam das taxas de esgoto cobradas pela Embasa no recibo de água, aonde nem sequer tem rede de esgoto. Eles afirmam que já fizeram inúmeras queixas, mas as taxas são continuam sendo cobradas. Uma declaração feita por eles é chocante. Segundo eles, desde a gestão do prefeito Pimentel que todos que entram e saem do governo, prometem e nada fazem. Outros falam que chegaram a ser chamados de invasores pela atual secretaria municipal de infraestrutura do município. Eles contestam, pois a maioria dos moradores compraram seus terrenos, suas casas a dinheiro, além disso, pagam água, energia e outros impostos que não deveriam pagar, porque não são beneficiados. É lamentável ver a indignação de um povo esquecido, apenas lembrado em época de eleições. Fonte: Por Adailton Reis.
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