quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Depósito da Farmácia Santana que pegou fogo pode desabar.


Bombeiros teve dificuldade de combater focos de incêndio no interior do edifício, que está condenado. Aainda não se sabe a causa do incêndio que na noite de segunda-feira destruiu o Edifício Bambanga, que servia de depósito para a Farmácia Santana. De acordo com a Defesa Civil de Salvador (Codesal), o prédio que ocupa uma quadra na Rua Padre Casimiro Quiroga, ao lado da Avenida Paralela, Imbuí, está condenado e corre o risco de desabar.
Até a tarde de ontem(20), o fogo ainda não havia sido totalmente controlado pelo Corpo de Bombeiros, impedindo a entrada dos agentes para realização da perícia técnica. Produtos altamente inflamáveis e tóxicos dificultavam os trabalhos. A ação dos bombeiros também foi dificultado pela inexistência de hidrantes apropriados.

“Além de o fogo ser alimentado o tempo todo pela grande quantidade de produtos químicos, também estamos com dificuldade para combater o incêndio de dentro do prédio porque ele corre o risco de desabar”, explicou a capitã Keyla Macário, que coordenava uma equipe de 40 pessoas do Corpo de Bombeiros. Para garantir a segurança da vizinhança, a Rua Padre Casimiro Quiroga foi interditada.

Seguro - Não foram divulgados os valores do prejuízo, mas o depósito que ficava no Imbuí e abastecia todas as unidades da rede, que tem 120 lojas em 14 cidades da Bahia, é segurado. Apesar de o incêndio ter destruído completamente o material estocado, a gerente operacional da Santana, Maria Queiroz, garantiu que o acidente não irá comprometer o abastecimento de produtos na rede.

“Nossas lojas possuem um estoque para 60 dias. É o tempo de encontrar outro depósito e normalizar o serviço”, disse ela, que esperava encontrar um novo galpão em até 48 horas. A Santana procura uma área de no mínimo três mil metros quadrados. O prédio destruído tinha cerca de cinco mil metros quadrados.

O incêndio chegou a atingir parte da obra de ampliação do depósito. No entanto, o engenheiro da Codesal Nilson Matos informou que o prédio novo não teve a estrutura comprometida. Já o depósito que foi erguido em 1985 não teve a mesma sorte.

Empregos garantidos - “Várias vigas cederam e outras estão rachadas. A estrutura está totalmente comprometida”, assegurou o profissional, que disse ainda que o incêndio demorou para ser identificado porque não havia vigilante dentro do depósito. “Foram os moradores do condomínio vizinho que viram o fogo e chamaram os bombeiros”, contou.

Na terça pela manhã, funcionários se aglomeravam em frente ao depósito sem saber o destino que teriam após o incêndio. Eles temiam perder o emprego, mas a empresa tranquilizou a todos ao informar que os 400 trabalhadores seriam transferidos temporariamente para as lojas que ficam próximas às suas residências, a partir desta quarta, 21.

Alguns dos funcionários que trabalhavam no prédio foram surpreendidos com a notícia do incêndio quando estavam em casa. Trabalhando há pouco mais de um ano no depósito, Fabiana Souza recebeu um telefonema por volta de uma da manhã dando a má notícia.

Horror - “Na hora que soube, vim com meu irmão para cá. Foi um horror, o fogo estava muito alto e ouvimos muitas explosões”, disse ela, que ficou até às 4h30 da manhã acompanhando o trabalho dos bombeiros.

Mais aterrorizados ainda ficaram os moradores do condomínio Rio das Pedras, no Imbuí, que fica a menos de 100 metros do depósito.

“Estava assistindo ao CQC quando ouvi uma explosão. Fui à janela de meu apartamento e vi o fogo já tomando o andar de baixo do depósito. Em pouco tempo o fogo já tinha se alastrado por tudo”, disse Edson Freire. Fonte: Diana Gomes/Foto: Gildo Lima /Agência TARDE.








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