quarta-feira, 15 de junho de 2016

Projeto “Juventos do Abaeté” há 16 anos, ensina a pratica do futebol com intenção de tirar jovens das Ruas e das drogas

  
Meninos treinam com professor Zezinho no Alto do Abaeté.

Influenciados pelos pais, muito garotos desejam ser jogador de futebol e ganhar muito dinheiro. Isso não é diferente na periferia de Salvador, é o caso do atacante Felipe da Silva, de apenas 10 anos de idade: “Eu estou aqui,porque gosto de futebol. Meu pai sempre me incentivou a jogar bola e eu quero ser um profissional, ganhar dinheiro e ter uma vida melhor” diz Felipe bastante convicto.

Ele e cerca de 60 meninos, entre oito e dezessete anos de idade, tem a oportunidade de serem beneficiados pelo projeto JUVENTOS DO ABAETÉ, liderado pelo professor Zezinho, no bairro de Itapuã. Todo trabalho tem o objetivo de preencher o tempo ocioso desses jovens, dando uma ocupação, tirar das Ruas, do mundo das drogas, além de contribuir para a formação de um cidadão melhor. Porém muito deles sonham com a expectativas de torna-los profissionais, o que o líder não tira essa possibilidade: “Claro que não iremos destruir um sonho desses jovens, pois estamos em eventos, onde lá tem pessoas e clubes e muitas vezes gostam do desempenho dos garotos. Isso é uma possibilidade de ir para clubes profissionais e isso não iremos impedir” - diz o professor.

Ricardo Gabriel, 14 anos, acompanham os treinos há dois anos, ganhou bastante habilidade, chegando a jogar em várias posições, como volante e lateral tanto esquerdo e direito. Não é à toa que se tornou um dos alunos mais querido do grupo por posicionar-se bem nos jogos.

Juventos do Abaeté também inclui crianças especiais. A professora aposentada Eliene Maria (57), que possui um filho hiperativo, fala do desenvolvimento dele: “Ele melhorou muito: o modo de se expressar com as pessoas, o convívio ficou bem melhor. Hoje ele se expressa bem melhor. Eu estou muito feliz com o desenvolvimento dele”- revela.
Professor Zezinho e alguns alunos do projeto.


Por acreditar no sucesso desses jovens, aos sessenta anos de idade, Seu Zezinho não mede esforços, há dezesseis anos desenvolve esse trabalho e todos dias está em campo, treinando, menos nos dias chuvosos. Porém reclama da falta de apoio por parte da prefeitura: “Estou aqui com a cara e a coragem e vou continuar até quando puder, mas fico triste com a falta de apoio da prefeitura. Pelo menos podia nos oferecer uma estrutura de campo melhor”. Segundo ele, há mais de dois anos houve uma promessa de reforma do campo de futebol, que até hoje não foi cumprida.

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