*Adailton Reis (adailtonreisbahia@hotmail.com)/ Foto: Google Map.
Não é preciso morar na cidade para perceber que Lauro de Freitas é uma cidade que respira política, pois seus conterrâneos e moradores, se não exageradamente vivem pela política e por política. Característica muitas das vezes, vivida com tal intensidade, que às vezes acaba por prejudicar o desenvolvimento da cidade, e o pior, o próprio desenvolvimento de seus munícipes. O mais apavorante é que esse fenômeno acontece de forma minuciosa com efeitos assustadores.
Costumo dizer que Lauro de Freitas se tornou a burguesinha da região metropolitana de Salvador. De um lado podemos afirmar que esse apelido se originou da forma de ver, observar a tal ponto a cidade se tornara, pelo fruto de seus encantos, apreciados por admiradores de toda a parte do mundo. Lauro de Freitas é um lugar de portas abertas para todos que almejam testar seus negócios, virou um laboratório de experimentos empreendedores, ou seja, tornou-se numa cidade “cobaia”, a cidade modelo propriamente dita. Apesar de questões e pequenas dimensões territoriais, vivemos quase tudo por aqui.
Temos dinamismo, cidade shopping, grandes empreendimentos, PDDU, políticos “sabidos”, grande circulação de capital, grandes projetos adormecidos, grandes problemas, grandes paisagens, lindas praias, jeito bom de viver a vida, títulos e mais títulos, vivenciamos muitos paradigmas, temos quase tudo. Pois temos todas as características e bom motivo para sermos livres, independentes, dignidade para conquistar nossa emancipação política.
Ao observarmos todo esse panorama, todo esse “tchan” que possui nossa cidade, nossa mente indagadora, quer saber mais do que seja talvez uma verdadeira emancipação!?. A resposta fica para depois, ou quem sabe daqui a mais uns 51 anos. A dualidade que se tornou o “coroa” podemos dizer que nossos 51 anos de emancipação vivemos somente para a política e pela política. Olha que política engloba todos os aspectos da vida, nesse parâmetro nem precisamos relatar aqui o que seja emancipação. Se há que temos razão para tanto, mesmo respirando política, podemos dizer que nesse município vivemos a política de forma imparcial. Ainda estamos tentando resolver nossos problemas. Será que temos condições de caminhar com nossas próprias pernas. Estamos caminhando e de acordo com que as coisas forem acontecendo, um dia chegaremos lá: Dependemos de um sistema rodoviário, abrir as portas para a economia, precisamos resolver nossa briga, luta frustada por questões territoriais, sistema de esgotamento sanitário, celeridade nos processos jurídicos, respeito com o meio ambiente, as crianças, os adolescentes e comerçamos aprender ou implantar a responsabilidade social e o melhorar o índice da IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) para resgatar a dignidade humana e livrarmos dessa escravidão que tanto impõe nossos laurofreitenses. Com boa força de vontade, consciência e profissionalismo dão pra fazer algo.
Trave consigo mesmo, a não permitir que o texto venha provocar uma extensa discussão, e quem sou eu para tanto, numa cidade que ao longo desses 51 anos, se observa que há várias contradições vividas na cidade, egocentrismo, leis, críticas, argumentos, papo-furado, loucuras, loucuras, quimeras, entre outros. A de saber também que novos regulamentos surgiram no país para se ganhar um título emancipatório ou até mesmo que já foi comprovado por estudiosos, que a emancipação de um município não resolve problemas do mesmo a não ser necessariamente a do próprio Estado, governo. Porém sinto no direito de cobrar os benefícios dessa tal liberdade. Essa vontade de sermos livres nos inspira e nos deixa incentivados para o futuro. Para onde iremos e onde queremos chegar com nossa emancipação política? Não sabemos, só sabemos que somos emancipados juridicamente, politicamente e quase não recebemos nada em troca, quanto a isso.
Há avanços, não podemos negar, mas penso que nossa “liberdade política” está sendo conquistada aos poucos. O processo é bastante lento e cada um depende do outro, será que temos consciência disto? (Aos inocentes puro de coração eu dou um beijo na testa). Já dizia o ditado popular: "O futuro a Deus pertence". Se estamos no caminho certo, por enquanto não sabemos dizer, mais cedo ou mais tarde o tempo irá nos dizer.
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