A principal chapa de oposição ao governo Jaques Wagner (PT), liderado pelo ex-governador e postulante a mais um mandato, Paulo Souto (DEM), já reúne 17 partidos que caminharão ao seu lado até o pleito de outubro próximo. Com a adesão nesta terça-feira (17) do PRB, o grupo contrário à atual administração petista na Bahia registra uma adesão histórica e crava a maior frente partidária dos últimos três pleitos, responsáveis pela escolha de Souto, em 2002, e Wagner em 2006 e 2010.
Em 2014, a principal chapa oposicionista conta com DEM, PSDB, PMDB, PROS, PTN, Solidariedade, PRB, PV, PRP, PPS, PT do B, PSDC, PTC, PHS, PEN, PMN e PPL. A governista, liderado pelo postulante petista Rui Costa, conta com seis partidos – PT, PSD, PP, PCdoB, PDT e PTB. As seis legendas juntas emprestam à campanha de Costa o maior tempo de exibição do candidato na TV. Já a senadora e postulante Lídice da Mata conta com duas siglas na chapa majoritária - PSB e PSL.
Para o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Joviniano Carvalho Neto, são três os efeitos que levam os partidos a coligarem: o primeiro é o tempo de TV. O segundo é a esperança de pessoas que estão entrando no jogo político e não conseguem espaços nos grandes partidos. E o terceiro é a capilaridade. “Uma coligação ampla ajuda mais a eleger um candidato (a deputado estadual ou federal)”, explicou o cientista político, em entrevista ao Bocão News. Ainda conforme o docente, a chapa governista perde neste quesito, já que possui mais postulantes ao Legislativo com chance de reeleição, o que afasta os chamados "nanicos". "A tendência natural (da chapa oposicionista) é formar duas ou três coligações. Problema vai ser negociar as proporcionais", apostou.
Em 2002, Souto reuniu cinco partidos – PFL, PRB, PTB, PTN, PST – e venceu no primeiro turno com 2.871.025 (53,69%) votos dos eleitores baianos. Wagner ficou em segundo com 2.057.022 (38,47%) dos sufrágios. No pleito, o petista reuniu na chapa majoritária quatro partidos – PT, PCdoB, PV e PMN.
Em 2006, com o PMDB integrado à sua chapa, Wagner se elegeu no primeiro turno, com 3.242.336 (52,88%) votos. Além dos peemedebistas, o leque de partidos do petista saltou de quatro legendas em 2002 para nove em 2006 – PT, PMDB, PCdoB, PSB, PPS, PV, PTB, PMN e PRB. Souto, com seis siglas integradas à sua campanha – PP, PL, PFL, PAN, PHS, PTC – obteve 2.638.215 (43,02%) e foi derrotado por Wagner.
Em 2010, Wagner manteve seu plantel partidário e garantiu a sua reeleição, também no primeiro turno, com uma das votações mais expressivas já registradas por um candidato ao cargo de governador da Bahia. A chapa do PT foi composta por PMDB, PC do B, PSB, PPS, PV, PTB, PMN, PRB. Wagner cravou 4.101.270 e dobrou a quantidade de votos somados aos seus dois principais concorrentes: Souto, com 1.033.600; e Geddel Vieira Lima, que rompeu com os petistas baianos e decidiu disputar a eleição. Geddel, que contou com a maior quantidade de partidos na chapa majoritária, 12 no total – PTB, PMDB, PTN, PSC, PR, PPS, PSDC, PRTB, PMN, PTC, PRP, PT do B – obteve 1.000.038 votos e ficou na terceira colocação.
"Uma ampla coligação deixa o candidato com cheiro de vitória, mas não é o único fator que decide. (...) Será um eleição mais difícil do que a anterior. Uma eleição onde os eleitores serão mais estimulados por conta do acirramento", prevê Joviniano. FONTE: David Mendes.
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