A líder da oposição na Câmara Municipal, Aladilce Souza (PC do B), afirmou que o prefeito João Henrique agiu de “maneira autoritária“ ao decretar o aumento da tarifa. “A Câmara de Vereadores, como órgão integrante do Poder Municipal, não foi consultada, assim como também não foi ouvido o Conselho Municipal de Transportes”, disse.
A vereadora considera muito elevado o reajuste anterior – R$ 2,00 e R$ 2,20, há um ano – o que indicaria, segundo sua opinião, ser desnecessário um novo aumento. “É muito estranha a forma como foi tomada esta decisão da prefeitura. Vamos analisar que medidas podem ser tomadas contra este reajuste”, declarou a vereadora.
A TARDE apurou que na sexta-feira houve uma demora na distribuição das cópias do Diário Oficial nas repartições públicas. O presidente da Comissão de Transporte da Câmara, vereador Jorge Jambeiro (PSDB), disse que que “começaram a distribuir (o diário) e depois recolheram” a publicação.
O procurador geral do Ministério Público Estadual, Lidivaldo Britto, afirmou que o MP deverá averiguar se realmente ocorreu a retenção ou recolhimento do Diário Oficial. “Primeiro é preciso saber se isso aconteceu e segundo se tem relação com a questão do preço da passagem”. Entretanto, Britto declarou não ver qualquer irregularidade no reajuste. “Não podemos esquecer que o salário mínimo também aumentou”, disse o procurador geral.
O secretário interno de Transportes e Infraestrutura, Jorge Halla, afirmou que o novo valor foi estabelecido com o intuito de gerar menos impacto nos passageiros.
Reclamações - Entre os usuários do sistema de transporte coletivo, o tom é de indignação: “A prefeitura faltou com respeito em relação aos cidadãos. Pior do que ter dado o aumento, foi não ter avisado a população”, criticou a representante de vendas, Sônia Sena, 43 anos.
Ela mora na Engomadeira e devido à natureza de seu trabalho chega a pegar cinco ônibus por dia. “O serviço não vai melhorar. Quem paga o pato é sempre o trabalhador”, disse o operário Gil dos Santos, 32 anos.
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