terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Justiça ainda não conseguiu desvendar empresa fantasma da UPA de Itinga

Por Adalton Reis (adailtonreisbahia@hotmail.com).



Até o momento a Justiça, ainda não conseguiu desvendar, nem localizar responsáveis da empresa JSA, a qual foi responsável e abandonou as obras da Unidade de Atendimento de Itinga, contratada na gestão da ex-prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT). Há mais de quatros anos a obra, já consumiu cerca de 3 milhões dos cofres públicos, repassados pelo Governo Federal e Municipal.

Segundo informações de alguns documentos com nome da suposta empresa, até o momento fantasma, endereço não é compatível e contatos não batem. No seu cadastro na Junta Comercial da Bahia (Juceb) e em documentos do processo de licitação, ela aponta como sede o número 4 da Via Coletora, em Cajazeiras. No local e duas casas de número 4, uma delas ao fundo da avenida. Nas duas, moradores antigos nunca ouviram falar da empresa, nem têm conhecimento sobre o motivo de terem seus endereços usados e tentou contato com o telefone apontado como sendo da empresa em um outro documento: o (71) 3286-9060 não completa a chamada. Alisson e Adriana Silveira de Almeida, sócios da empresa que tem capital social de R$ 1,5 milhão, não foram localizados.Essa casa sempre foi de meu pai, aqui nunca recebemos correspondência ou trabalhamos com construção, afirma a atendente de pizzaria Francisneide Peixoto, 29 anos, moradora da casa simples em frente à avenida. se a empresa não tem mais (sede), mas a comissão de licitação confirmou que ela estava em pleno funcionamento. Não tenho queixa da empresa, defende Moema Gramacho. Um outro endereço apontado em um timbre de um documento da empresa, na casa de 2, na quadra C, da Avenida Dorival Caymmi, em Itapuã, também não existe. A numeração não corresponde nem a vizinhança sabe do funcionamento da JSA.

Moema Gramacho defende que a empresa deixou a construção por falta de pagamentos. uma auditoria externa contratada pela gestão de Márcio Paiva aponta que houve superfaturamento da obra. Entre as conclusões da auditoria estão os pagamentos de R$ 37 mil em itens não previstos em contrato e de outros R$ 120 mil gastos a mais do que o contrato previa. A Sondagem Engenharia e Consultoria lista ainda outras 15 irregularidades, entre elas a contratação de um projeto executivo incompleto sem licitação, falta de licenciamento ambiental e existência de pagamentos em valores diferentes para o mesmo gasto. Moema afirma que desconhece a auditoria e que o Ministério da Saúde aprovou a prestação de contas feita por ela referente a essa obra.

Antes do final de sua gestão na cidade, Moema reuniu com seus vereadores aliados para entregar a obra inacabada à população.



   

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