Por Rogério Borges.
Moradores do condomínio Moradas do Atlântico recusaram a nova proposta da prefeita Moema Gramacho (PT) para transferir o final de linha dos ônibus da avenida Praia de Copacabana para uma área de três mil metros quadrados na Praia de Itapoan, nos fundos do Villas Tennis Club (VTC). O condomínio seria vizinho do terminal que a prefeita faria construir pelas empresas de ônibus que circulam em Vilas do Atlântico.
A posição dos moradores, anunciada ontem à noite em reunião da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) está expressa em um abaixo-assinado encampado pela unanimidade do condomínio, que tem 122 unidades habitacionais. Márcia Neves, que faz parte da direção do Moradas do Atlântico, lembrou que já é o segundo abaixo-assinado no mesmo sentido, sobre o mesmo tema.
A proposta de transferir o final de linha para a Praia de Itapoan, e não para a Praia de Tramandaí, como pede a Salva há oito anos, já tinha sido feita em junho do ano passado. Na época, também o clube se opôs à ideia de ceder parte da sua área para instalar um terminal de ônibus. Em troca, a prefeitura oferecia o perdão da dívida do IPTU da entidade, que está em quase R$ 1,5 milhão. Kall Fonseca, presidente do VTC, disse na época que o uso do espaço valia muito mais do que a dívida do IPTU e recusou a proposta.
Diante do impasse, e depois de tentativas de negociação fracassadas, em fevereiro último a Salva pediu a intervenção do Ministério Público para obrigar a prefeitura a fazer valer um decreto municipal da gestão de Marcelo Abreu (DEM) que estabelece o final de linha na Praia de Tramandaí. De acordo com a entidade, as empresas de ônibus recusam a localização por aumentar o percurso – e consequentemente os custos.
Depois disso, a prefeita voltou a propor a instalação do terminal na Praia de Itapoan, em reunião no início de maio com Kall Fonseca e os coordenadores da Salva Carlos Knittel e Roberto Abbehusen. Agora, entretanto, em condições que Kall Fonseca considera irrecusáveis.
Além do perdão da dívida, o clube receberia em permuta uma área pública de quatro mil metros quadrados de frente para o mar, no limite entre as praias de Vilas do Atlântico e Ipitanga. De acordo com o presidente, a prefeitura também ficaria responsável por obras de melhoria no clube. Por fim, a prefeita teria prometido alugar as instalações por R$ 6 mil mensais para aulas do Segundo Tempo – programa de esportes destinado a estudantes da rede pública no contra-turno das aulas – garantindo ao clube renda suficiente para pagar por tempo indeterminado o IPTU, que está em R$ 43 mil anuais.
Para Fonseca, a proposta representa a oportunidade de liquidar a dívida do IPTU, equilibrar financeiramente o clube e ainda qualificar as instalações com o dinheiro da venda da área na praia. O presidente diz que ainda não foi feita uma avaliação, mas lotes próximos valem hoje R$ 800 o metro quadrado. Logo, o clube poderia arrecadar cerca de R$ 3,2 milhões com uma venda.
Já na Praia de Copacabana, onde o metro quadrado tem sido vendido por R$ 400, os três mil metros quadrados que o clube aceita transferir à prefeitura podem valer cerca de R$ 1,2 milhão. Descontada a dívida do IPTU, a proposta representa um hipotético aporte líquido de R$ 3,5 milhões da prefeitura ao clube – fora o contrato do Segundo Tempo e a reforma das instalações – em troca da implantação de um terminal de ônibus com seis baias.
Brandindo um cheque pessoal de R$ 1,2 mil que o vice-presidente do clube lhe entregara para pagar uma conta atrasada do clube com a Embasa, Kall Fonseca explicou que a entidade está abandonada pelos proprietários de imóvel em Vilas do Atlântico, contando com apenas 70 sócios contribuintes. E lembrou que a prefeitura poderia simplesmente expropriar a área, além de se fazer pagar da dívida do IPTU. Disse que Moema Gramacho "tem tratado bem o bairro" e que isso merecia reconhecimento.
Em relação ao terminal de ônibus propriamente dito, Fonseca acenou com a perspectiva de que em breve todo o transporte coletivo da cidade estará concentrado no terminal de Portão, sobrando então uma praça para a comunidade naquele mesmo local.
Nenhum dos argumentos conseguiu convencer os moradores. Apesar disso, todos aceitaram a proposta do coordenador-geral da Salva Carlos Knittel de convidar Moema Gramacho para uma reunião no clube antes de encerrar o assunto. A comunidade promete resistir à ideia com base em argumentos dos mais diversos. Sérgio Carvalho, ele mesmo empresário do transporte coletivo em Salvador, disse que os passageiros de Vilas do Atlântico "não são nem 20% do total" e que os ônibus que circulam no bairro – cerca de 70 – atendem mesmo é a demanda da Estrada do Coco e da avenida Paralela. Para ele, sequer seria necessário um final de linha em Vilas.
Os moradores da Praia de Copacabana, representados por Verônica Tambon, querem mesmo é que o final de linha seja removido da margem do rio Sapato, alimentando a argumentação de Márcia Neves no Moradas do Atlântico: "é por vermos a situação que eles sofrem há oito anos que não queremos os ônibus na Praia de Itapoan", disse. Fonte: (www.rogerioborges.com).
A posição dos moradores, anunciada ontem à noite em reunião da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) está expressa em um abaixo-assinado encampado pela unanimidade do condomínio, que tem 122 unidades habitacionais. Márcia Neves, que faz parte da direção do Moradas do Atlântico, lembrou que já é o segundo abaixo-assinado no mesmo sentido, sobre o mesmo tema.
A proposta de transferir o final de linha para a Praia de Itapoan, e não para a Praia de Tramandaí, como pede a Salva há oito anos, já tinha sido feita em junho do ano passado. Na época, também o clube se opôs à ideia de ceder parte da sua área para instalar um terminal de ônibus. Em troca, a prefeitura oferecia o perdão da dívida do IPTU da entidade, que está em quase R$ 1,5 milhão. Kall Fonseca, presidente do VTC, disse na época que o uso do espaço valia muito mais do que a dívida do IPTU e recusou a proposta.
Diante do impasse, e depois de tentativas de negociação fracassadas, em fevereiro último a Salva pediu a intervenção do Ministério Público para obrigar a prefeitura a fazer valer um decreto municipal da gestão de Marcelo Abreu (DEM) que estabelece o final de linha na Praia de Tramandaí. De acordo com a entidade, as empresas de ônibus recusam a localização por aumentar o percurso – e consequentemente os custos.
Depois disso, a prefeita voltou a propor a instalação do terminal na Praia de Itapoan, em reunião no início de maio com Kall Fonseca e os coordenadores da Salva Carlos Knittel e Roberto Abbehusen. Agora, entretanto, em condições que Kall Fonseca considera irrecusáveis.
Além do perdão da dívida, o clube receberia em permuta uma área pública de quatro mil metros quadrados de frente para o mar, no limite entre as praias de Vilas do Atlântico e Ipitanga. De acordo com o presidente, a prefeitura também ficaria responsável por obras de melhoria no clube. Por fim, a prefeita teria prometido alugar as instalações por R$ 6 mil mensais para aulas do Segundo Tempo – programa de esportes destinado a estudantes da rede pública no contra-turno das aulas – garantindo ao clube renda suficiente para pagar por tempo indeterminado o IPTU, que está em R$ 43 mil anuais.
Para Fonseca, a proposta representa a oportunidade de liquidar a dívida do IPTU, equilibrar financeiramente o clube e ainda qualificar as instalações com o dinheiro da venda da área na praia. O presidente diz que ainda não foi feita uma avaliação, mas lotes próximos valem hoje R$ 800 o metro quadrado. Logo, o clube poderia arrecadar cerca de R$ 3,2 milhões com uma venda.
Já na Praia de Copacabana, onde o metro quadrado tem sido vendido por R$ 400, os três mil metros quadrados que o clube aceita transferir à prefeitura podem valer cerca de R$ 1,2 milhão. Descontada a dívida do IPTU, a proposta representa um hipotético aporte líquido de R$ 3,5 milhões da prefeitura ao clube – fora o contrato do Segundo Tempo e a reforma das instalações – em troca da implantação de um terminal de ônibus com seis baias.
Brandindo um cheque pessoal de R$ 1,2 mil que o vice-presidente do clube lhe entregara para pagar uma conta atrasada do clube com a Embasa, Kall Fonseca explicou que a entidade está abandonada pelos proprietários de imóvel em Vilas do Atlântico, contando com apenas 70 sócios contribuintes. E lembrou que a prefeitura poderia simplesmente expropriar a área, além de se fazer pagar da dívida do IPTU. Disse que Moema Gramacho "tem tratado bem o bairro" e que isso merecia reconhecimento.
Em relação ao terminal de ônibus propriamente dito, Fonseca acenou com a perspectiva de que em breve todo o transporte coletivo da cidade estará concentrado no terminal de Portão, sobrando então uma praça para a comunidade naquele mesmo local.
Nenhum dos argumentos conseguiu convencer os moradores. Apesar disso, todos aceitaram a proposta do coordenador-geral da Salva Carlos Knittel de convidar Moema Gramacho para uma reunião no clube antes de encerrar o assunto. A comunidade promete resistir à ideia com base em argumentos dos mais diversos. Sérgio Carvalho, ele mesmo empresário do transporte coletivo em Salvador, disse que os passageiros de Vilas do Atlântico "não são nem 20% do total" e que os ônibus que circulam no bairro – cerca de 70 – atendem mesmo é a demanda da Estrada do Coco e da avenida Paralela. Para ele, sequer seria necessário um final de linha em Vilas.
Os moradores da Praia de Copacabana, representados por Verônica Tambon, querem mesmo é que o final de linha seja removido da margem do rio Sapato, alimentando a argumentação de Márcia Neves no Moradas do Atlântico: "é por vermos a situação que eles sofrem há oito anos que não queremos os ônibus na Praia de Itapoan", disse. Fonte: (www.rogerioborges.com).
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